A levedura - Saccharomyces cerevisiae
As leveduras são seres vivos, apresentam-se caracteristicamente sob forma unicelular, que pertencem ao grupo dos fungos, e não apresentam clorofila; portanto, são seres heterotróficos, que dependem de alimento proveniente de outros seres vivos. Para se alimentarem, os fungos soltam substâncias capazes de decompor o alimento que está a sua volta. No caso das leveduras, elas decompõem o açúcar que está ao seu redor, produzindo um líquido nutriente que é absorvido por elas.
Existem, aproximadamente, 350 espécies diferentes de leveduras, separadas em cerca de 39 gêneros.
As leveduras são microrganismos de grande importância econômica. Como agentes biológicos da fermentação alcoólica, as leveduras participam tanto na produção de biocombustíveis (etanol de cana-de-açúcar) como na indústria de alimentos (pães, bolos, bebidas alcoólicas).
A levedura cresce facilmente nas condições de laboratório. Também pode ser manipulada geneticamente. Multiplica-se rapidamente em fermentadores ou biorreatores industriais, a partir de matérias-primas de baixo custo dos quais pode ser separada por filtração ou centrifugação, uma vez acabado o processo.
Em 2009, Cientistas do Instituto de Biologia (IB) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com colegas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, concluíram o sequenciamento genético da levedura Saccharomyces cerevisiae, conhecida como Pedra 2.
O estudo, que foi publicado na revista Genome Research do mês de outubro, abriu novas perspectivas para a produção de etanol no país, de acordo com seus autores. Com o mapeamento do genoma da levedura, os pesquisadores conseguiram decifrar o mecanismo de ação do microrganismo.
Segundo o pesquisador, a pesquisa prossegue tentando entender em detalhes como esse mecanismo de transformação ocorre. Ao compreendê-lo profundamente, diz, "teremos condições de empregar a engenharia genética para manipular a levedura."
Com essa descoberta o Brasil vive uma verdadeira revolução do ponto de vista tecnológico. O objetivo dos cientistas é domesticar esse microrganismo e reprogramá-lo de forma eficiente para produzir mais etanol ou etileno, a partir da cana-de-açúcar.
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